sábado, 25 de outubro de 2008

Quero um amor

Quero um amor que ame meu corpo, ame minha juventude, minha agilidade, minha destreza, meus olhos, meus braços e acima de tudo ame o que eu aparento. E que esse amor se faça presente em atos, beijos, suor e lágrimas.

Que se alegre com minhas conquistas, me apóie na realização de meus sonhos mais impossíveis, que alimente em mim a imortalidade de que me vejo possuidor. E que juntos não vejamos o tempo passar, pois estamos vivendo, amando, construindo, sentindo e portanto não há tempo para o tempo.
Quero viver na possibilidade, acreditar mesmo nela, com todas as minhas forças e mandar para bem longe a impossibilidade.
Quero um amor, capaz de fazer do tempo presente um misto do presente e da fé no futuro, na imortalidade.
Que esse amor apesar de amar o que aparento, possa amar além disso.
Possa me amar para além da superfície da minha pele.
Que desse amor possa surgir uma compreensão maior da vida, transformando-se do amor aparência ao amor alma. Vislumbrando que além de minha juventude, de minhas possibilidades, de minhas conquistas existe também o meu entardecer.
E vez por outra, com os olhos cheios de lágrima seja invadido pela alegria da descoberta de nossos entardeceres e da certeza de que apesar de tudo esse amor sobreviveu ao tempo e à aparência.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o tipo que buscamos e queremos, pois nos complementa e nos faz crescer. É um amor em que a troca, a comunhão, o respeito o desenvolvimento mútuo se faz presente e nos feliz, nos faz crer que vale a pena viver.

Lindo texto que toca em nossos corações.

Muito obrigado.

Luciano Carneiro disse...

Sabe, acho que estou vivendo demais no mundo "psi" (hehe). Ultimamente tenho me interessado mais pelo processo que pelo produto final. Gostei muito do seu texto, mas fico me perguntando por que e como chegou ao ponto de escrever essas palavras.

Parabens de novo!

abraço

xxxxxxx disse...

...que lindas palavras...

Maier Augusto disse...

Obrigado Carla pela sua mensagem.
Abraços