Frequentemente me pergunto, de que forma estou enxergando o mundo à minha volta.
Parece até um questionamento insano, mas não é e vou explicar os motivos.
Apesar de fazermos parte da mesma raça, a raça humana, somos seres únicos e nosso aprendizado a respeito do mundo e de nós mesmos é muito particular, sui generis.
As circunstâncias afetam cada pessoa de forma única, de acordo com a sua história de vida, suas crenças, experiências boas ou ruins.
Se uma pessoa teve uma vida muito difícil, em que precisou lutar muito para sobreviver é provável que desenvolva uma visão de que as suas conquistas sempre exigirão muito esforço e dedicação.
Se essa pessoa se ancorar nessa visão pode não reconhecer e não valorizar situações simples e descomplicadas, fazendo escolhas que procurem confirmar esse jeito difícil de ver o mundo, ao invés de simplificar sua vida pode ir busca de problemas e na ausência destes, até criá-los.
Essa visão/regra pode ter funcionado por um determinado período de sua vida, mas e agora? Ela ainda é funcional? Ainda faz sentido? Se não estamos atentos o suficiente para perceber isso, essas experiências anteriores podem controlar nossas atitudes e dificultar nossa visão sobre o presente. Aprender com as lições anteriores é vital, no entanto, as circunstâncias mudam e precisamos ter olhos no presente.
Parece até estranho, mas existem pessoas que fazem do passado, da dor anteriormente vivida, dos problemas da infância, uma lente que as acompanha e distorce a realidade.
Algumas filosofias religiosas sabiamente ensinam a viver o presente, um dia por vez, abrir-se para a vida e para novas experiências com olhar ingênuo, como se fossemos crianças novamente.
Nunca podemos nos esquecer que as nossas vidas estão em construção a cada escolha, uma parte do cenário a gente constrói, monta, decora e a outra parte não temos controle. Contudo, mesmo nas situações incontroláveis da vida podemos exercitar formas especiais e diferentes de ver!
Finalizo com uma expressão em latim, que tem muito sentido na minha vida, CARPE DIEM, que significa APROVEITE O DIA!
2 comentários:
Olá Maier, como sempre um texto maravilhoso.
Você conseguiu descrever de forma tão leve o peso de nossas escolhas. Afinal de contas a vida é feita de escolhas a cada segundo!
Sempre questiono o quanto estamos prontos para estas escolhas e assumir/aceitar as consequências da escolha feita.
Muitos dizem que não tem outra opção... será?
Como você mesmo disse Carpe Diem.
Oi Amilton!
Obrigado pelas suas palavras e acredito que algumas escolhas não são fáceis mesmo, nem leves...rs
O importante é que são nossas e assumir essas escolhas é libertador.
Não escolher já é uma escolha, não é?
Valeu pela reflexão!
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